quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
"Estava nevando, ele podia sentir o vento frio soprar-lhe os cabelos. Aquela cidade era realmente encantadora. Esqueceu-se de tudo o que havia passado, parecia que os nórdicos tinham conseguido que ele entrasse em um universo alheio àquilo tudo que precisava desesperadamente se afastar. Agora, porém, avistava entre as colinas uma nova manhã, outro dia estava por vir, além de novas sensações e acontecimentos.
Jerly o tocou abruptamente.
- É melhor que a gente desça logo, creio que o tempo está piorando.
- Depende do ponto de vista.
- Como assim?
- O tempo pode piorar, Jerly, mas estamos aqui, protegidos. Olhe só em volta, há um mundo lindo para contemplar. Não há o que temer, meu caro.
- Não me venha com seus discursos pseudo-filósóficos, estamos correndo grande risco aqui, precisamos descer imediatamente. E além do mais, nosso voo parte daqui a algumas horas.
- Não é discurso pseudo-filosófico. Veja, tudo depende do ponto de vista, o tempo certamente não ficará pior do que está! Não vamos nos preocupar à toa, e, se nevar ainda mais, tudo continuará lindo, Jerly.
Os dois desceram, enquanto isso, uma pequena chuva começara a cair e o sol a aparecer.
Aturdido, Jerly balbuciou:
- A vida é realmente encantadora."
(Matheus Póvoa Rodriguez)
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